Após conhecer de perto o movimento escoteiro, Caio Villas Boas Rodrigues, de 14 anos, parou de se incomodar com as piadinhas dos colegas de escola. “Eles acham que o escoteiro só vende biscoitos, como nos filmes, e ainda ficam tirando sarro do nosso uniforme. Só que, hoje, isso não me incomoda mais”, disse o adolescente, que participa do movimento há sete anos.
Para a guia Priscila Riccardi, de 16 anos, o preconceito ainda é um dos principais motivos que impedem a expansão dos grupos. “Os adolescentes acham que o uniforme é brega, mas depois que a gente faz parte, vê que a cor ou o modelo da roupa que a gente veste não é o mais importante”, contou a jovem, que ingressou no movimento com o incentivo do pai.
Por acreditar nesse movimento, a confeiteira Maria Cristina Munhoz não se incomodou com a entrada dos três filhos no grupo de escoteiros Dom Bosco. “Os escoteiros auxiliam muito na formação dos jovens e os transformam em pessoas mais engajadas”, disse. A filha mais nova dela, Maria Isabel Munhoz, de 10 anos, concorda.
“Já aprendi muitas coisas legais lá e indico para todos os meus colegas. Até distintivos já ganhei”, ressaltou a lobinho. Já para Maria Celeste, diretora presidente do Dom Bosco, sua entrada para o grupo foi um desafio pessoal. “Meu filho Caetano, de 11 anos, tem síndrome de Down e entrei para ajudar na inserção dele no grupo. Hoje, percebi que ele consegue se adaptar em todas as atividades e isso é muito importante para mim.” Além de Caetano, ela também é mãe do escoteiro Caio. “O movimento escotista é uma escola de formação de caráter.”
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